Os internautas ja devem ter visto inúmeras vezes esse termo nas últimas semanas, correndo pelos diversos portais de economia e política. Você deu importância? Não? Pois deveria.
"Brexit", conforme ja falado em nosso blog, é o termo usado como referência a uma hipotética saída do Reuno Unido da União Européia. É um acrônimo inglês formado pela união de Britain (Grã-Bretanha e, por extensão, Reino Unido) e exit (saída).
As pesquisas de intenção de voto estão apontando leve vantagem para a manutenção do país na União Européia, o que é visto como positivo, tanto que as bolsas mundiais hoje reagem positivamente e o dólar está caindo aqui no Brasil. Mas, e se isto não acontecer? Quais os reflexos na economia local e, mais importante, global?
Especialistas dizem que uma eventual saída do Reuno Unido pode abrir um precedente muito perigoso de "debandada" de outros países no futuro, enfraquecendo o Euro e trazendo pânico aos mercados. Isto pode refletir na nossa já frágil economia e fazer o câmbio ter ainda mais volatilidade. Alguns analistas mais "cataclísmicos" dizem que esta notícia pode disparar uma nova crise severa semelhante à de 2008, que eclodiu no momento que o banco Lehman Brothers decretou sua falência. Estão dizendo que o "Brexit" é o Lehman Brothers de 2016. Estão exagerando? Saberemos a partir de amanhã, quando conclui-se a contagem de votos.
Portanto, fique atento para o resultado deste capítulo importante da nossa geração. Se tudo continuar como está, vemos o dólar e o euro seguindo seu comportamento atual: baixa volatilidade e até chance de novas desvalorizações ante ao Real. Agora, se acontecer esta histórica mudança política no velho mundo, teremos muita tensão nos mercados e ainda mais imprevisibilidade para o câmbio.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime
