Quando o dólar disparou mais de 30% no segundo semestre de 2015 os viajantes se lamentaram e os exportadores comemoraram. Nos últimos 3 meses, está ocorrendo o oposto. Então, qual seria o ponto de equilíbrio onde os dois lados poderiam ficar felizes?
A resposta é complexa. Na "psicologia econômica", não há preço ideal para ambos porque nós, os seres humanos, nunca estaremos plenamente satisfeitos com uma situação, sempre vamos querer mais (ou mais barato). Exemplo: Quando o dólar estava R$ 2,20, todos os passageiros internacionais, sem exceção, achavam caro. Ficaram incrédulos quando em fevereiro bateu R$ 4.15. De lá pra cá caiu quase 20% encostando hoje em 3.28 mas ainda assim consideram caro e preferem "esperara para ver se cai mais".
Enquanto isto, exportadores estão atualmente com os cabelos em pé vendo o câmbio que parecia extremamente favorável no mês do carnaval, agora em (aparente) queda livre. É compreensível a preocupação do setor, pois ficou mais difícil ficar competitivo novamente, como no passado.
Então, respondendo a pergunta do post: Qual é o ponto de equilíbrio do Dólar? Se fossemos dar nossa modesta opinião, poderíamos dizer que estamos próximos deste patamar: entre R$ 3.20 e R$ 3.40. As viagens ao exterior podem continuar um pouco caras em relação a 2 anos atrás, porém, viáveis. Os exportadores estão decepcionados com a depreciação recente do dólar, porém, ainda assim continuam competitivos em relação ao passado recente (pré-eleição 2014).
O que é unânime afirmar, com plena convicção, na verdade, é: ambos os lados precisam de PREVISIBILIDADE. Se num futuro não muito distante a volatilidade do câmbio for reduzida e o Real se fortalecer a ponto de pelo menos estabilizar em patamares lógicos, tanto os empresários exportadores quanto viajantes (e importadores) podem planejar melhor seus objetivos. Sejam eles profissionais ou de lazer.
Tenham todos uma ótima semana.
Att, Gustavo Candiota
Diretor GC Prime