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  • Foto do escritorGustavo Candiota

Dilma sofreu impeachment. E o dólar não desabou. O que houve?


Para os que achavam que o dólar iria desabar instantaneamente após o afastamento de Dilma Rousseff... não aconteceu. Pelo menos não ainda. Por quê?

Diversos motivos possíveis:

  1. Como já falamos aqui muitas vezes, é difícil prever a direção do dólar, principalmente no curto prazo;

  2. Apesar do impeachment, uma manobra de última hora do STF e PMDB anulou a inelegibilidade da ex-presidente pelos próximos 8 anos. Algo que, segundo a constituição federal, devia automaticamente acontecer com o afastamento da presidente. Mas foram votações separadas, decididas de última hora. Isto assustou o mercado pois pode provocar um racha político da base do (novo) governo com o PSDB e atrapalhar votações importantes no congresso;

  3. Temer será, a partir de hoje, o presidente da república. Mas isto não quer dizer que os problemas do Brasil estão resolvidos. Os investidores agora aguardam um duro ajuste fiscal para voltar a confiar na economia;

  4. A expectativa de forte ingresso de capital estrangeiro pós-Dilma pode acontecer, mas não é de um dia para o outro;

  5. O impeachment pode já estar totalmente precificado, ou seja, os 20% de queda nos últimos meses foram antecipados e agora a moeda norte-americana tem pouca margem para continuar caindo. Está em linha com a situação macroeconômica do país;

A oposição prometeu ingressar no STF para manter a inelegibilidade de Dilma. Caso aceito pelo supremo este pedido, podemos ter novo motivo para desvalorização cambial. Novos adiamentos de aumento de juros americanos também podem contribuir para isto.

Vamos aguardar as próximas semanas.

Obrigado por nos acompanhar nesta histórica quarta-feira.

Que tenhamos dias melhores pela frente, de esperança e prosperidade.

Att

Gustavo Candiota

Diretor GC Prime

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