Contrariando todas as pesquisas e prognósticos, pelo menos dos principais veículos de comunicação nacionais e internacionais, o bilionário norte-americano Donald Trump é o novo presidente dos Estados Unidos. Pegou muitos de surpresa, jornalistas e comentaristas incrédulos que um candidato tão radical foi eleito na maior e mais segura economia do mundo.
O que esperar agora? Dólar novamente acima de 4 reais? Países emergentes em colapso? Brasileiros que vivem lá sendo deportados? Fim das viagens à Miami e Orlando para fazer compras e visitar o Mickey?
Calma gente! Vamos esperar a poeira baixar!
Sabemos bem por nossas experiências aqui no Brasil que uma coisa é o que o candidato fala para ganhar votos, outra é o que ele efetivamente faz após ser empossado. É inegável que Trump ganhou enorme rejeição com sua campanha em tom radical, ultra-conservadora e, em muitas situações, até preconceituosa. Mas o agora novo presidente dos Estados Unidos certamente será um pouco mais contido, tanto nos discursos quanto em suas medidas, esta é minha opinião. Chegaram a ver o discurso da vitória? Tom de conciliação, de unir o país, de esquecer a pesada campanha.
Não estou aqui também dizendo que, com ele, a coisa vai melhorar. Só quero tentar acalmar os clientes e visitantes sobre o que podemos esperar pro futuro, e mais precisamente na área que trabalho: no câmbio.
Conforme as análises que enviamos aos nossos associados nos últimos dias, o "The Day After" foi de disparada nas moedas. Esperávamos por isto e aconteceu. Antecipamos o movimento para os membros do clube. Mas uma coisa podemos garantir: este comportamento de hoje foi totalmente especulativo. Tanto que ao longo do primeiro dia as altas foram desacelerando com o dólar encerrando a quarta-feira valendo 3.21 (+1,50%). Ou seja, um expediente perfeitamente comum para o câmbio flutuante e instável que é o brasileiro, nada cataclísmico como esperavam os mais pessimistas.
Agora é esperar as próximas semanas para ver as próximas manifestações de Trump, e os próximos meses para ver suas primeiras medidas econômicas. Além disso, aguardamos o aumento ou não da taxa de juros nos EUA e o andamento do ajuste fiscal por aqui. Estes três fatores somados devem definir o futuro do dólar para o longo prazo. Por enquanto nossa aposta para o final de 2016 foi ligeiramente alterada em relação ao que traçamos em final de agosto (pré-impeachment). Estimamos a moeda norte-americana entre 3.10 e 3.30 em 31 de dezembro.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime Câmbio Inteligente.