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  • Foto do escritorGustavo Candiota

Moedas voltam a recuar após alta das commodities e avanço em reformas


As notícias são boas para quem estava na expectativa de o câmbio voltar a cair após seguidas altas nas últimas semanas. Apesar de ainda não ser possível afirmar que estamos em um novo ciclo de queda consistente, é fato que dólar e euro voltaram a "testar" seus pisos dos últimos meses, com o primeiro encostando hoje em 3.10 e o segundo em 3.40. Estes dois preços são atualmente considerados barreiras psicológicas sobre as quais há chance de vermos o Banco Central agir com intervenções (swaps).

Mas com qual intensidade a autarquia federal poderia intervir e desejando qual direção do dólar? Que continue caindo ou suba mais?

Na nossa opinião, o mais provável é que queiram ALTA para o câmbio. Por um motivo bastante lógico: a balança comercial está voltando a dar bons resultados, contribuindo para recuperação da economia, mas o setor exportador seria muito prejudicado se visse o dólar abaixo de 3. Deixaria de ser competitivo no mercado mundial. Por outro lado, este momento traz uma ótima oportunidade para quem está com planos de viagem ao exterior, ja que há chance de conseguirem comprar moeda em momentos de virada (turning point).

De qualquer forma, vale destacar 4 pontos importantes:

  1. Não há garantias de que o Banco Central terá força para conter o derretimento do dólar se a alta das commodities continuar e se a economia brasileira seguir apresentando bons resultados. Ex: Inflação cada vez menor, taxa Selic em queda e PIB em recuperação;

  2. Uma aprovação na reforma da previdência - difícil, mas possível - traria muita credibilidade ao país perante investidores estrangeiros e poderia gerar entrada forte de capital por aqui, valorizando o Real;

  3. Os balanços corporativos de grandes empresas do índice iBovespa estão vindo surpreendendo positivamente os analistas, o que reforça a tese de que o pior da crise já passou;

  4. A eleição de Macron na França, diferente do que imaginávamos, não fortaleceu o Euro, pelo menos não no curto prazo.

Resumo da ópera: Recomendamos COMPRA de moeda para quem está com embarque ao exterior próximo e hedge cambial (proteção) para investidores e exportadores. A quem não se importa em correr mais riscos, sugerimos STAND BY para "pagar pra ver" se as barreiras mencionadas serão perdidas. Caso positivo, poderemos entrar em novos patamares - inferiores - do câmbio, mas mesmo assim com remotas chances de vermos o dólar comercial de maneira sólida abaixo de R$ 3. Pela nossa avaliação talvez somente no segundo semestre de 2017 se muitos fatores combinados acontecerem.

Tenham todos uma ótima semana.

Att

Gustavo Candiota

Diretor GC Prime Câmbio Inteligente

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