O medo já existe. Poderia o câmbio no Brasil se deteriorar a tal ponto que a paridade real x dólar chegasse a patamares nunca antes imaginados, ou profetizados por poucos? A chance é pequena, mas, caso aconteça, entenda alguns reflexos na nossa economia e no comportamento dos envolvidos / afetados.
Viajantes internacionais frequentes começariam a reduzir suas idas ao exterior, optando talvez por férias no Brasil, ou deixando de fazer qualquer viagem por um tempo
Agencias de viagens sofreriam forte impacto e algumas fechariam suas portas, uma vez que suas maiores margens estão nos pacotes internacionais
Setor exportador teria recorde de lucro por ficar extremamente competitivo nos mercados importadores pelo mundo
Pão e outros derivados do trigo subiriam com muita força, já que o trigo no Brasil é em sua maioria importado
Inflação maior, rompendo o centro da meta
Combustível mais caro superando fácil os R$ 6 em algumas regiões, ja que as dívidas e os preços (Barril de petróleo) da Petrobras são em dólar, ainda que a extração ocorra no Brasil
Aumento nos preços de eletrodomésticos e eletrônicos, pois estes possuem componentes importados
Medicamentos fabricados com insumos de fora do país ficariam mais caros (do que já estão!)
Enfim, com facilidade concluímos que um câmbio elevado prejudica bastante nossa economia. Muitos pensam que apenas afeta quem passeia pelo exterior, mas não. O furo é bem mais embaixo.
Obviamente um dólar muito barato, como à época de R$ 2,00 ou menos, também é prejudicial a ponto de praticamente inviabilizar o setor exportador e prejudicar muito nossa balança comercial. Para nós, o ponto de equilíbrio seria voltarmos a ter o comercial ao redor de R$ 3,50.
Por fim, vale destacar que moeda nacional depreciada pode atrair turistas estrangeiros para o Brasil. Mais ainda agora que o governo Bolsonaro resolveu eliminar a exigência de vistos para EUA, Australia, Canada e Japão, sem contra-partidas.
Att
Gustavo Candiota
Diretor GC Prime Câmbio Inteligente