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  • Foto do escritorGustavo Candiota

Entenda o que é Paridade do Poder de Compra (PPC)

Atualizado: 3 de abr.


Em economia, a paridade do poder de compra (PPC) ou paridade do poder aquisitivo (PPA), é um método alternativo à taxa de câmbio para se calcular o poder de compra de dois países. A teoria da paridade de poder de compra (PPC) foi originalmente formulada pelo economista sueco Gustav Cassel que definiu que a taxa de câmbio de um país tende a se desvalorizar na mesma proporção que aumenta o nível dos preços. Assim, a PPC procura medir o quanto uma determinada moeda pode comprar em termos internacionais (normalmente dólar), já que bens e serviços têm diferentes preços de um país para outro, ou seja, relaciona o poder aquisitivo de tal pessoa com o custo de vida do local, se ele consegue comprar tudo que necessita com seu salário.



Os 15 países com maior poder de compra do mundo em 2014

Vale destacar que o Brasil perdeu diversas posições de 2014 até a presente data com a forte desvalorização do Real devido à crise política e econômica.


A PPC é necessária porque a comparação dos produtos internos brutos (PIB) em uma moeda comum não descreve com precisão as diferenças em prosperidade material. A PPC, ao revés, leva em conta tanto as diferenças de rendimentos como também as diferenças no custo de vida. Isto é complicado porque os preços não flutuam num nível uniforme; na verdade, a diferença nos preços dos alimentos pode ser maior que a dos preços de habitação ou a dos preços de entretenimento. Ademais, os padrões de compra e até mesmo os bens disponíveis para compra são diferentes de país para país, portanto uma cesta constante de bens não pode ser utilizada para comparar preços em diferentes países.


As diferenças entre a PPC e a taxa de câmbio real podem ser significativas. Por exemplo, o PIB per capita na República Popular da China é cerca de 5000 dólares, enquanto que com base na PPC, passa a 8400 dólares. Na outra ponta, o PIB per capita nominal do Japão é cerca de 37600 dólares, mas o valor em PPC é de apenas 31400 dólares.

Medir o padrão de vida de um país apenas com a taxa de câmbio pode ser ilusório. Por exemplo: se o valor do peso mexicano cai em comparação com o dólar americano, o PIB mexicano medido em dólares também cairá. Mas a variação da taxa de câmbio é apenas resultado do comércio internacional e do mercado financeiro - isto não quer dizer que os mexicanos ficaram efetivamente mais pobres, desde que os salários e os preços em pesos permaneçam estáveis.

Em contra-partida, alguns estudos mostram que testes econométricos têm apresentado grandes divergências quanto à validade do modelo de paridade de poder de compra em sua forma original ou no contexto de um modelo monetário para preços tanto flexíveis quanto rígidos.


A importancia da Paridade do Poder de Compra

Nos últimos anos, o volume de investidores estrangeiros atuantes do mercado de capitais brasileiro aumentou consideravelmente e, ao mesmo tempo, empresas brasileiras passaram a investir no mercado externo através das bolsas de valores, se capitalizando por meio de valores mobiliários estrangeiros. Com a participação das empresas nacionais no mercado externo, as práticas adotadas no Exterior passaram a ser mais transparentes, empregando princípios de governança corporativa. Dessa forma, investidores brasileiros passaram a lidar com acionistas mais exigentes e sofisticados, o que vislumbrou a necessidade de utilização da teoria da PPC como instrumento de previsão de taxa de câmbio para investimentos de longo prazo.

Nos dias de hoje é importante considerar que a utilização dessa teoria auxilia a criação de parâmetros usados no sistema bancário, o que gera aumento da credibilidade e previsibilidade das taxas de câmbio e de juros em nosso País.


O Índice Big Mac


Criado pela revista The Economist, o Índice Big Mac é uma pesquisa comparativa semestral que considera o sanduíche como uma cesta padronizada de bens produzidos localmente, já que, no mundo todo, esse alimento utiliza basicamente hambúrguer, alface, queijo, cebola e pão.


Tendo em vista que o sanduíche é pouco comercializado entre países, o produto seria padronizado ao redor do mundo, então seu custo de produção deveria ser o mesmo e, assim, as diferenças de preços seriam dadas por valorização e desvalorização da taxa de câmbio. No último índice, a Noruega apareceu em primeiro lugar com maior sobrevalorização do sanduíche, com 64,7%, seguido pela Venezuela e a Suíça. O Brasil está em 5º lugar, com 16%.

Fontes: Wikipedia.org, dgabc.com, Portal Terra.


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