Nem os mais otimistas acreditavam que, em ano de eleição, com Pandemia ainda em curso e com uma guerra de grandes proporções no leste europeu, veríamos o dólar encostar em 4.70. Mas aconteceu. A pergunta é: como foi possível e até onde pode derreter?
Veremos novamente o dólar em 1 para 1, como nos velhos tempos de consumismo desenfreado e famílias inteiras, de todas as classes, indo pra Disney?
É claro que não. O momento é de forte especulação, mas também é de correção de fluxo de capitais principalmente porque agora temos uma taxa de juros Selic mais adequada à nossa economia. Não foi por acaso que, quando nossa taxa soberana caiu a 2%, deixamos de ser atrativos para arbitragem e o carry trade ficou muito ruim.
Agora, com Brasil a 11.75% ao ano e Estados Unidos ainda com juros muito pequenos (aumentou de 0 a 0.25% para 0.25% a 0.50%) estamos mais atrativos do que nunca. Fora o fato de que, com o isolamento da Rússia devido às sanções, o Brasil está virando uma espécie de "nova queridinha dos Emergentes". Até porque devido à própria Guerra, muitas commodities dispararam. Como somos grandes exportadores dessas matérias primas, o volume de divisas para pagamento delas aumentou. Mais dólares aqui, o câmbio cai.
Observe a incrível desvalorização do dólar ante ao Real nos últimos meses!
Somado a tudo isso, estamos em um momento de baixo risco político. Nenhum escândalo novo, poeira está baixa. MAS CUIDADO, em se falando de Brasil, tudo pode mudar da noite pro dia. Não exagere na especulação. Considere que o dólar ja derreteu +15% somente em 2022. O momento para compra é bastante interessante. Proteja-se desse planeta tomado de incertezas. Lembre-se: a crise ainda não acabou.
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